Vamos a mais um ditado popular muito inteligente e útil para a nossa carreira. “Em terra de cego, quem tem olho é rei”. Já ouviu? Aposto que sim. Mas antes de falar dele, e de como usar na carreira, quero compartilhar com você a minha escolha caso tivéssemos uma eleição para eleger a pessoa mais inteligente que já existiu na história. O meu nome seria Albert Einstein, sem nenhuma dúvida. Este físico alemão, que desenvolveu a teoria da relatividade, descobriu o que, na minha visão, é a verdade mais verdadeira que existe – nada na vida é absoluto. Não existe bom ou ruim, alto ou baixo, feio ou bonito, quente ou frio, caro ou barato. Tudo depende de onde você colocar a régua. Em outras palavras, tudo é relativo e depende do padrão de comparação.
Para completar o entendimento deste belo ditado, deixe-me também resgatar um tema que já tratei aqui. Refiro-me à chamada lei da oferta de da procura, que diz resumidamente o seguinte: “Tudo que é escasso e relevante, tem valor. Tudo que é abundante, perde valor. Ou seja, algo que você tem e mais ninguém (ou poucos) tem, pode ser algo que lhe impulsione, desde que tenha valor, obviamente.
Pois bem, em cima dessas duas bases o ditado acima se firmou e vale hoje e sempre. “Em terra de cego, quem tem olho é rei”. Nem precisa muito discorrer sobre a mensagem, que é, repito, bastante clara. A questão é: como usar isso ao meu favor e em quais circunstâncias?
Veja, o mundo do trabalho é muito amplo e variado. Há muitos perfis de empresas. Pequenas, médias, grandes, familiares, multinacionais, organizações não governamentais, startups de todos os setores, entre outras. Mesmo dentro do mesmo perfil podemos ter grandes diferenças de cultura em função, por exemplo, na nacionalidade. Uma empresa alemã é bem diferente de uma americana. Tudo isso faz com que os profissionais sejam avaliados por critérios diferentes em cada estilo de empresa. Você já viu ou já deve ter ouvido falar de profissionais que foram muito bem em uma empresa e não tão bem em outra. E vice-versa. Isso não acontece por acaso. É simplesmente resultado do casamento, ou descasamento, entre as competências oferecidas e as desejadas. Quando batem, bola no gol. Quando não batem, o resultado não vem nunca. E não é só nos trabalhos tradicionais em empresas. No esporte, por exemplo, isso acontece todos os dias. Por que será que o Messi joga muito no Barcelona e pouco na seleção argentina? Será que ele esquece de jogar bola quando troca de camisa? Não, apenas as suas competências são mais valorizadas em um lugar do que no outro.
Portanto o ditado de hoje nos deixa duas mensagens, que se traduzem em duas recomendações:
1 – Onde você estiver, busque entender qual é o perfil de competências mais valorizado. Cruze com as suas e veja como você está, comparadas aos seus pares.
2 – Procure sempre levar a sua carreira para um “território” onde você possa fazer a diferença, ou seja, onde você tenha condições de ser único ou altamente diferenciado.
Quem entender detalhadamente onde faz a diferença e em quais locais consegue colocar esses diferenciais no palco, terá sempre uma vantagem competitiva e terá, no limite, olho em terra de cegos. Até o próximo!