E lá se vai mais um. 2017 vai deixar saudades para alguns e não para outros. Um ano tenso, desafiador, cheio de incertezas e regado de decepções com a gestão pública do nosso país. Um ano que batemos no fundo do poço e estamos começando a subir de novo em termos econômicos. Um ano onde poucos dos que perderam o emprego no pico da crise conseguiram se recolocar com o mesmo salário. Um ano onde novas caras, como Trump nos Estados Unidos e Macron na França, assumiram o poder com discursos novos, sem fazer nenhum juízo de valor sobre a qualidade dos mesmos. Um ano onde o Brasil ganhou mais uma marca mundial muito feia :um país onde a roubalheira é endêmica, subcutânea, espiritual, e não poupa ninguém. Mas também a marca de um país que não se entrega e que luta para se livrar desse câncer.
E 2018, heim? Como será? O que nos trará, de bom e de ruim? O que esse cara está reservando para nós? Qualquer previsão será mera previsão. Mas, como ninguém tem bola de cristal e Mãe Dináh já morreu, temos que trabalhar com os indicadores que temos e o conhecimento que temos sobre as tendências econômicas, políticas, sociais e tecnológicas. E quer saber? Não acredito que 2018 seja uma caixa preta tão preta assim. Como algumas possíveis surpresas (poucas, na minha visão), sabemos com certa precisão o que nos aguarda. 2018 tende a ser um ano de mais transformações. Temos eleições aqui no Brasil e só neste ponto já tem caldo demais para a sopa. Pode acontecer de tudo. Pode surgir um novo nome no meio dessa safra horrível de políticos que temos. Mas, independente de quem assumir o poder, o Brasil seguirá na sua retomada. Ninguém que chegar ao poder terá condições de destruir mais do que já foi destruído. Sim, sempre pode piorar, mas no nosso caso, não acredito. O país é outro, mais politizado, mais consciente e mais atento. A indignação com a corrupção seguirá aumentando e a caça aos safados também. Vejam só quantos já estão na cadeia. Isso é inédito aqui e temos sim algumas coisas para comemorar.
E a sua carreira? O que esperar do mercado de trabalho e como se preparar? Na minha visão, teremos um ano melhor do que 2016 e 2017 juntos. Estou muito otimista em relação à retomada dos empregos, da economia e do crescimento do país. Posso morder a minha língua? Claro que sim, mas apostaria dinheiro hoje que o cenário para o ano que vem é bom.
Como sempre digo aos finais de cada ano, é momento de fazer balanços, contabilizar erros e acertos, fechar os olhos para o passado e focar no que interessa – o futuro. E nesse sentido, deixo aqui três perguntas para você:
1 – Quais são seus objetivos para 2018?
2 – Qual é o seu plano para atingi-los?
3 – Quais renúncias você está disposto a fazer para chegar lá?
Até o próximo!