As redes sociais promoveram uma virada de página na história das relações. Lembro-me bem da chegada do Orkut ao Brasil, a primeira rede social que invadiu a nossa terrinha e que virou febre em poucos meses. Como todos os “imigrantes digitais”, também achei estranho aquilo e, no início, até resisti. “Não preciso disso”, falei algumas vezes até morder a língua, abrir a minha conta no Orkut e começar a interagir com pessoas através do mundo digital.
Aos poucos, o uso das redes sociais foi se redesenhando. O que no início era apenas “palco” para postagens quase sem valor algum, foi se transformando em um local onde as pessoas trocam experiências, compartilham conteúdo relevantes, se encontram depois de muito tempo, e até, com hoje, um forte canal de mídia. O Facebook, que chegou depois e dominou o mercado, me fez reencontrar amigos de faculdade que não via há anos. E confesso que isso foi muito bom. Por outro lado, já vi o mesmo Facebook sendo palco de brigas, declarações de preconceito, intolerâncias de todas as ordens, separações de casais e outras mazelas. Mas, como sempre digo, com uma faca podemos passar manteiga no pão ou matar uma pessoa. E a culpa não é da faca, mas da mão que a usa. Ou seja, as redes sociais são maravilhosas, mas como tudo na vida, tem gente usa bem e tem gente que usa de forma errada.
A maioria das pessoas conhece apenas as redes sociais mais famosas: Facebook, LinkedIn, Whatsapp, Snapchat, Instagram e outras poucas. Mas esse mundo é bem maior do que alguns imaginam. Tem rede social para tudo atualmente. Existe rede social para quem usa bigode, para divorciados, para quem quer adotar uma vó online e até existe a rede social da frustração, onde as pessoas só compartilham o que deu errado na vida. Isso mostra que a tecnologia permite conectar pessoas com interesses comuns nas mais diversas áreas que você possa imaginar.
Conheço muita gente que não gosta de participar desse mundo. Tenho um aluno de 36 anos que não está em nenhuma delas. Nenhuma mesmo. Ele diz, em alto e bom tom, que quer estar fora desse mundo. Conheço outras pessoas que só participam de uma rede social e não quer saber de outras. Respeito essa posição e acho que todos nós temos o direito de decidir o nosso grau de engajamento nesse mundo digital.
Entretanto, no caso deste meu aluno de 36 anos, há um sério problema. Ele é ambicioso, tem uma carreira sólida, bem desenvolvida e quer crescer. E na nossa última conversa, me disse que agora quer se preparar para mudar de setor e de empresa, ou seja, quer se abrir para novas oportunidades. Fui obrigado a lhe dizer uma coisa, que aliás, me inspirou para escrever este artigo. “Você pode ficar fora do mundo digital, mas como profissional, há uma rede social que você tem que estar, obrigatoriamente – o LinkedIn”. Esta é a rede social dos profissionais. É nela que recrutadores buscam pessoas quando trabalham uma vaga. É nela que bons profissionais são vistos e conhecidos. Portanto nesta rede social, de forma correta e com o currículo sempre atualizado, todos devem estar. Só para deixar claro, além dois ex-alunos que trabalham lá, não tenho nenhum vínculo com o LinkedIn e não estou fazendo propaganda dessa rede social. Apenas estou dizendo que este espaço é o templo onde profissionais, empresas e recrutadores transitam e se encontram. Portanto, para mim, não faz nenhum sentido estar fora desse ambiente, a não ser para aqueles que queiram ficar fora do radar dos recrutadores e das boas oportunidades. Até o próximo!