E lá se vai mais um. E lá se vem mais um. Tchau 2016 e bem-vindo 2017. Ano estranho esse que passou, não acha? Para muitos, 2016 não deixará saudade. “Que vá embora e não volte mais!”. Ouvi muito essa frase nesse último mês do ano. De fato, a coleção de notícias ruins foi de dar inveja. Crise econômica, desemprego, corrupção, acidentes aéreos, atentados terroristas, terremotos, crise política, países devastados por ditadores e por aí vai. Nem sei se consigo fazer uma lista completa. O fato é que 2016 não passou em branco. Foi um ano intenso, para o bem e para o mal.
Entretanto, como sempre digo, toda e qualquer avaliação racional e inteligente depende de onde se coloca a régua. Einstein, para mim, foi o cara mais inteligente da história, porque nos fez entender algo muito profundo e simples – “Tudo é relativo”. Não existe quente ou frio. Não existe rápido ou devagar. Não existe fraco ou forte. Não existe bom ou ruim e não existe grande ou pequeno. Em termos absoluto sim, mas tudo depende de com o quê estamos comparando. Para quem está parado, um carro passando a 100 Km/h está rápido. Para quem está num carro ao lado, também a 100 Km/h, ele parece parado. Quem ganhou 50% a menos de dinheiro em um ano foi muito mal, certo? Depende. Se a maioria das pessoas perdeu 80% da renda, essa pessoa foi muito bem.
Não quero e nem cabe aqui qualquer tipo de discurso conformista. Quem me conhece sabe quanto sou contra isso e como cobro (de mim mesmo e dos outros) uma postura não-conformista. Mas temos que analisar 2016 com um lente mais ampla. O Brasil andou para trás e isso é um fato. Talvez tenhamos dado alguns passos para trás. Mas se formos comparar com outros países, talvez a análise mude um pouco. Notem o que está acontecendo com o povo da Venezuela. Um país devastado por um regime de péssima gestão, onde falta comida para as pessoas. Quer mais, olhe a situação do povo sírio, tendo que abandonar suas casas com a roupa do corpo e sair sem rumo e sem futuro. Veja o clima de tensão em vários países da Europa em função de atentados terroristas recentes. Tenho amigos que moram lá dizem que têm medo de frequentar locais públicos. Mais uma vez, não estou querendo dizer que estamos bem, mas o que está acontecendo no Brasil, principalmente esse início de limpeza ética que a Polícia Federal e o Ministério Público estão promovendo, nos dá algum sinal de esperança de que o nosso futuro será bem melhor. Novas pessoas, do bem, já consideram fazer carreira na política e na administração pública. O povo está mais informado e crítico. Ou seja, há um movimento em curso.
Por fim, tem uma coisa que se você tiver deve agradecer todos os dias. Saúde. Problema tem quem não tem saúde. Sem saúde não podemos lutar e seguir em frente. Quem passou ou passa por isso ou quem perdeu um ente querido em 2016 sabe bem o que é. Só tem uma coisa que se a gente perder a coisa fica realmente insolúvel – a nossa saúde.
Portanto se você começa 2017 com saúde, trate de deixar as coisas ruins de 2016 parar trás, respire fundo, encha o seu coração de força, garra e determinação e lute pelo que quer. É isso que eu vou fazer. Lembrar das coisas boas de 2016, esquecer as ruins e enfiar a cabeça em 2017, meu novo amor. Feliz 2017, um abraço apertado e até o próximo!