O mundo pede profissionais criativos e inovadores. Os desafios deste início de século são tão grandes e o ritmo de mudanças tão forte, que as empresas estão à caça de profissionais que pensem diferente e proponham soluções inovadoras. Em pesquisa recente divulgada pelo Fórum Econômico Mundial, as três competências que serão mais demandadas, e consequentemente valorizadas, em 2020 serão: Capacidade de resolver problemas complexos, Pensamento crítico e Criatividade. Isso é um tapa na cara de todos nós, profissionais, educadores e, principalmente, escolas. O mundo pede profissionais criativos e a escola, em sua grande maioria, prepara profissionais com um modelo mental da revolução industrial (trabalho sequencial, hierarquia rígida, erro zero etc). Definitivamente, há um abismo entre o que se aprende nas escolas e o que o mercado demanda. Parece que a escola parou no século XIX. Isso explica, em parte, porque tantas empresas criam as suas universidades corporativas para formarem seus quadros.
Nesta semana tive o prazer de passar uma tarde com o Professor Tadeu Brettas, nosso coordenador nacional da disciplina de criatividade dos nossos MBAs Executivos. Fomos a um cliente-parceiro para ele conduzir uma sessão de criatividade com executivos de diversas áreas (comercial, financeiro, operações, recursos humanos) de uma grande empresa de comunicação. Em pouco mais de duas horas, o mestre deu dez dica práticas de como desenvolver a nossa criatividade e potencializar o nosso poder criativo. Acompanhei de perto, na primeira fila, as suas 10 dicas de como estimular a criatividade.
Não cabe aqui listar todas, mas posso lhe contar qual é a espinha dorsal que molda um profissional criativo. Ela pode se resumir em três palavras: Repertório, Risco, Paixão. Deixe-me resumir cada uma delas:
Repertório: Ser criativo, segundo o Prof. Tadeu, é ter a capacidade de fazer conexões incomuns, ou seja, juntar peças que aparentemente não se encaixam para criar algo novo. Para conseguir fazer conexões incomuns, o profissional precisa ter repertório. Tem que conhecer a diversidade, ler e assistir filmes diferentes dos clichês, conviver com pessoas diferentes e estar sempre aberto a um novo conhecimento.
Risco: Correr riscos, dar ideias sem medo, se apresentar para novos projetos e fazer isso sem medo de errar é uma característica dos profissionais inovadores. Ou seja, o convite é: Corra riscos!
Paixão: Esse parece ser um ingrediente óbvio, mas muitas pessoas querem fazer a diferença em algo que não lhes gera paixão. Nós temos muito mais potencial criativo fazendo aquilo que amamos do que o contrário. Portanto é muito importante trabalharmos com aquilo que realmente queremos e que nos dá prazer ao acordar na segunda-feira.
Enfim, nessa curta tarde com o Prof. Tadeu, pude reforçar as minhas convicções de que a prática leva à excelência e que todos nós podemos desenvolver as competências que quisermos, desde que a gente assuma a postura correta, abra a agenda, planeje e execute. Em outras palavras, se queremos algo, precisamos assumir uma postura que esteja alinhada com este desejo.
Por fim, quero mais uma vez reforçar que hoje e no futuro as empresas vão “comprar” mais atitudes do que conhecimento. Um profissional que não esteja 100% pronto, mas que demonstre as atitudes corretas, aprenderá o que tiver que aprender. Já o contrário é mais difícil. Até o próximo!