Há quem diga que devemos viver 100% no presente. Há outros que vivem mais no futuro do que no presente, ou seja, que parecem não curtir o filme que está passando e estão sempre pensando no próximo. Por fim, há sempre pessoas que não abandonam o passado. Carregam âncoras nas costas e parecem que não conseguem virar páginas em suas vidas. Quem está certo? Aliás, será que há alguém certo?
Eu e meu parceiro e amigo, Luis Rasquilha, estamos há quase 7 anos, desde que ele se mudou para o Brasil, numa jornada de ajudar profissionais (na escola) e empresas (na consultoria) a conhecerem as tendências de futuro, pensarem e se posicionarem sobre elas e, finalmente, inovarem em suas empresas a carreiras com pioneirismo. Um desafio enorme e encantador.
Estudar tendências é algo fantástico. Identificar movimentos e entender para onde o mundo está indo é uma arma poderosíssima. Poucos profissionais e poucas empresas se dedicam de forma disciplinada a esse tema. E são exatamente esses os profissionais mais inovadores e as empresas mais inovadoras. A razão é muito simples: Quem olha para o futuro de maneira sistemática, enxerga oportunidades antes dos outros e saem na frente. Simples assim.
Já discuti aqui, em alguns momentos, a questão da energia que deve ser colocada no passado, no presente ou no futuro. Tenho perguntado frequentemente nas minhas aulas e palestras qual é a opinião das pessoas a respeito. Quanto tempo deveríamos dedicar ao ontem, ao hoje e ao amanhã? Será que existe um balanço ideal, que nos permita equilibrar a presença desses três momentos na nossa vida?
Tenho construído uma convicção e quero compartilhá-la aqui com você. Na minha opinião, todo e qualquer extremo é, por definição, equivocado. Tenho gostado cada vez menos dos extremos e aprendido a apreciar cada vez mais o equilíbrio. Viver apenas o momento presente, por mais que respeite quem prefere viver assim, não é uma boa escolha. Não curtir o momento presente e ficar apenas focado e planejando o futuro, igualmente não é bom. Ambos nos limitam.
Confesso que de tanto perguntar, ouvir opiniões e pensar no assunto, cheguei a um percentual que considero adequado para dedicarmos ao futuro – 10%. Isso mesmo, creio que todos nós deveríamos dedicar 10% do nosso tempo para estudar tendências, pensar no futuro e planejá-lo. Isso equivale, na média, a dedicarmos 4 horas por semana da nossa jornada de trabalho para “esquecer” a pizza que temos que entregar todos os dias e começar a preparar a massa do amanhã. Quais são as tendências que estão mapeadas? Quais delas mais vão impactar o meu negócio, a minha área, a minha carreira? Quais oportunidades ou ameaças, essas tendências, se concretizadas, vão me trazer? E, por fim, como me posiciono diante desses desafios?
Esta é a minha dica de hoje. O mundo está em constantes e profundas transformações. Muitas delas estão chegando de forma muito rápida e pegando muitos de surpresa. Não olhar para o futuro é assumir que podemos ser atropelados por uma tendência sem aviso prévio. Não olhar para o futuro é ignorar inúmeras oportunidades de negócio e de carreira que estão por vir. Portanto, como dizem na linguagem das redes sociais, #ficaadica: Dedique 10% do seu tempo para ler, estudar e aprender sobre tendências. A sua carreira agradecerá imensamente. Até o próximo!