O mundo hoje não é mais linear. Nada mais acontece devagar. Em 1900, o conhecimento humano dobrava a cada 100 anos. Em 1945, a cada 25 anos. Em 2014, a cada 13 meses e estima-se que em 2020 ele irá dobrar a cada 12 horas. O telefone demorou 75 anos para chegar a 50 milhões de pessoas. O rádio, 38 anos. A TV, 13 anos. A internet, 4 anos. A rede social Instagram, 2 anos e o Angry Birds Space, 35 dias. Estima-se que 40% das maiores empresas do mundo não existirão em 10 anos. Nestes 16 anos do século XXI tomamos sustos diários. Empresas centenárias foram engolidas por empresas que nasceram “ontem” em uma garagem. Novos modelos de negócio e novas soluções redefiniram regras do jogo, como Uber, Netflix e tantos outros. Empresas e marcas que dominaram o mundo viraram pó. E ainda não está nem perto de acabar. Vem mais, muito mais. A genética, robótica e a nanotecnologia ainda não apresentaram as suas maiores façanhas. Já tem restaurante sem cozinheiro e com impressoras 3D fazendo tudo. Já tem agência de propaganda com robô criando campanhas. Já tem escritório de advocacia com um robô controlando processos e já existem mapeadas pelo menos 50 profissões do futuro que nem sequer chegaram às listas de cursos oferecidos pelas faculdades.
No último artigo mostrei o resultado de uma pesquisa mundial. 66% dos “millennials” (pessoas nascidas depois do ano 2000) não querem ser empregados, e sim montar seu próprio negócio. Este número, no Brasil, cresce para 71%. Ou seja, em alguma garagem dos cinco continentes tem alguém pensado e criando algo novo que vai transformar algo que hoje parece intocável.
Este é o mundo exponencial. Mas a sala de aula e, principalmente, a forma como as pessoas pensam e planejam a sua carreira ainda continua com o paradigma do século XIX. Os profissionais e as escolas ainda não entenderam algumas regras básicas do mundo exponencial. Muitos pagarão um preço altíssimo por isso, assim como os taxistas, a TV a cabo e vários outros já estão pagando um preço alto (ou até com a vida) pela sua acomodação e por não olharem para o futuro e para as tendências. Vários profissionais hoje já sofrem por acharem que o que sabem e aprenderam na escola será suficiente para manter a sua empregabilidade e sobrevivência no mercado.
Não é mais e não será num futuro próximo. O mundo exponencial exige novas posturas, novas verdades e um novo padrão de comportamento de quem quer ser minimamente competitivo.
Há pessoas que acham esse mundo exponencial ruim. Muitas criticam a velocidade com que vivemos hoje, a conectividade exagerada ou a dinâmica do mundo atual. O ponto é que em breve só restará uma alternativa para quem quiser ficar fora desse mundo exponencial: Mudar de planeta.
Confesso que me sinto um privilegiado de estar vivendo em um momento histórico como esse. Sei que em 100 anos falarão dessa época, como a nova revolução industrial. Penso e revejo todo santo dia a minha postura nesse mundo. Tenho consciência de que sou um eterno aprendiz e de que o que me trouxe até aqui não me levará aos próximos 10 anos como profissional.
Portanto um mundo exponencial exige uma postura exponencial. Semana que vem darei algumas dicas práticas de como ser exponencial. Até o próximo!