Sexo frágil? Dona de casa? Submissão total às decisões do “chefe” do lar? Papel secundário no mundo empresarial, político e social? Que nada, as mulheres não aceitam esta condição. E não é de hoje. Desde 1932, quando as mulheres conquistaram o direito ao voto, há pouco mais de 80 anos, a realidade feminina mudou. De lá pra cá, muitas, muitas conquistas. Nas últimas duas décadas, então, as mulheres literalmente pisaram no acelerador. Hoje ocupam posições em cargos de liderança nas empresas, cargos políticos importantes e muitas posições na sociedade que até bem pouco tempo atrás eram cativas dos homens.
Quem me conhece sabe que acho isso fantástico. Acho as mulheres muito, mas muito, melhores do que nós, homens, em vários aspectos. São mais sensíveis, têm mais habilidades emocionais, são mais aglutinadoras e por aí vai. Já tive uma chefe mulher e adorei a experiência. Já disse e repito que acredito que o mundo seria bem melhor se fosse dominado por mulheres.
Bom, aproveitando a chegada do dia de hoje, dia de comemorar o Dia das Mães, fiz uma pesquisa com aproximadamente 200 mulheres na última semana de abril. O objetivo foi de analisar o tempo que as mulheres andam dedicando ao trabalho versus o tempo dedicado aos filhos. Também quis medir o nível de satisfação em relação ao trabalho e à maternidade. Por último, a pergunta mais provocativa: “Se a condição financeira permitisse, você gostaria de deixar de trabalhar para se dedicar 100% aos filhos?”. Essa enquete foi reveladora e compartilho aqui alguns resultados.
Primeiro, vamos ao perfil da amostra. A média de idade das mães que responderam a pesquisa foi de 36,2 anos. 83% casadas, o que indica uma forte suposição de que trabalham também para compor a renda da família.
Comecemos pela questão do tempo. Em média, dedicam 8,5 horas de trabalho por dia (de segunda a sexta), contra 4,5 horas com os filhos. Ou seja, quase a metade. E chamo a atenção para um fato: estamos falando da média. Analisando caso a caso, vi inúmeras mães que trabalham 10 horas por dia e passam apenas 2 horas por dia com os filhos.
Quando perguntei o nível de satisfação em relação à vida profissional e à vida como mãe, uma coincidência brutal: 93% dizem ter nível de satisfação médio ou alto. Ou seja, podemos concluir que as mães que trabalham estão bem resolvidas, mesmo com a diferença brutal de tempo dedicado aos filhos. Afinal, o custo de se ter uma participação mais ativa na sociedade exige o consumo de um recurso básico – o tempo.
Por fim, a pergunta mais provocativa e cuja resposta intriga: “Se a condição financeira permitisse, você gostaria de deixar de trabalhar para se dedicar 100% aos filhos?”. 42% respondeu que SIM, ou seja, quase a metade, embora satisfeita com a vida profissional e com a maternidade, abandonaria a carreira para se dedicar aos filhos.
Creio que cada um deve analisar e tirar as suas conclusões, mas a minha é uma só: O custo de se ter uma carreira, salário e reconhecimento está alto demais para quem é mãe, pelo menos para 42% delas.
Se pararmos para pensar, as mulheres estão sempre muito sobrecarregadas. Não é à toa que se fala muito que as mulheres trabalham 3 turnos. Há funções na casa e com os filhos que ainda não foram coerentemente divididas entre marido e mulher. Por fim, as mulheres sempre acabam por pagar o preço mais alto: trabalhar, cuidar dos filhos, da casa e (ainda) ter que se manter em forma e bela. Duvido que nós, homens, aguentaríamos tanta pressão.
Mulheres, vocês são verdadeiras heroínas! Parabéns pelo seu dia e por conseguirem ser (e fazer) tantas coisas em tão pouco tempo. Até o próximo!