- Fala, João! Tudo bem? Feliz ano novo! Como foi de festas?
- Oi Carlos, tudo bem, e você? Ah, foi tudo tranquilo. Feliz ano novo para você também – respondeu João com cara de poucos amigos.
- Poxa, cara, você parece desanimado. E o ano está só começando! Por que esse desânimo? – Perguntou Carlos.
- Pois é Carlos, o meu ano de 2015 não foi dos melhores. Você sabe bem. Quase tudo deu errado, cara.
- Eu sei, eu sei. Mas vamos lá, 2015 já foi, meu amigo! Me diga, de concreto o que anda fazendo nesse início de ano? – Insistiu Carlos.
- Não muito. Estou ainda me planejando para ver o que vou fazer. Ando meio travado ainda. Aliás, não sou o único. O Sandro também está mal. Você já falou com ele depois das festas?
- Sim, falei. Aliás, essa sua história não bate com o que ouvi. Falei com ele ontem e estava super animado e com uma agenda positiva bem cheia nesses primeiros dias do ano. – respondeu Carlos para o surpreso João.
- Animado? Como assim? O ano de 2015 dele foi até pior do que o meu. Pouco antes do Natal o encontrei e ele estava péssimo.
- Pois se estava, não está mais, João. Acho que ele virou a página está focado no presente e no futuro, meu caro, coisa que você também deveria fazer.
Um silêncio ardente tomou conta da conversa...
Pois é, essa não a primeira e nem a última vez que retomo este tema. Mas cada vez que faço isso vejo o quão relevante é bater nessa tecla sempre e sempre. Nessa primeira semana de 2016, após um breve descanso entre o Natal e Ano novo, comecei a 200 Km/h. Falei com muita gente, fiz várias reuniões e encontrei com várias pessoas do meu ciclo profissional. Falei com vários “Joãos” e vários “Sandros”. Como sempre, fico impressionado (e incomodado) como existem pessoas que transformam o passado em uma âncora. Por outro lado, há outro grupo de pessoas que consegue deixar o passado no passado, virar a página e concentrar sua energia no presente e no futuro. Deveria ganhar um prêmio Nobel quem inventasse algo que fizesse com que uma pessoa não dedicasse mais do que 5% do seu tempo e energia no passado, principalmente lamentando-se dele.
Retomo aqui uma frase que mostra a minha visão (quase matemática – “defeito” de fábrica de engenheiros, reconheço) sobre porque devemos aprender a virar as páginas rapidamente. A frase é a seguinte: “Enquanto não nos livramos do passado o futuro não chega”. De fato, é quase matemática. A nossa capacidade de produção de coisas boas depende do quão limpa está a nossa mente. Portanto a conta é simples. Cada minuto e energia que você dedica ao passado não é usado para construir o presente e o futuro. Simples assim. Isso é facilmente observado nas pessoas. Pode notar, quanto mais uma pessoa usa o seu tempo para ficar em rodinhas de conversas reclamando do passado, menos consegue produzir. Não por coincidência, essas pessoas são as que menos conseguem ter êxito em seus projetos, isso quando têm algum projeto.
O meu convite hoje é um só – esqueça 2015! Esqueça o que deu errado. Esqueça as pessoas que lhe fizeram mal ou que lhe prejudicaram. Esqueça o passado. Esqueça! Ou, na melhor das hipóteses, caso seja tão difícil virar a página, ande com um cronômetro na mão e, na hora que começar a falar dele, solte o relógio e não use mais do que 5% do seu tempo.
O futuro te espera. O passado deixa lições e memórias, nada mais. O que passou, passou. O que está por vir ainda é uma folha branca. Jogue uma água na cara, abra um sorriso e vamos à luta. Acione a sua rede de contatos, aproxime-se de pessoas que te fazem crescer, afaste-se de pessimistas e pare de lamentar o que fez ou deixou de fazer no ano passado. Saia dessa manada que vive dizendo que 2016 vai ser pior do que 2015. Não vai, pelo menos para quem tiver a postura correta. Até o próximo!